A OBRA
Gravura original assinada, prova de artista (P/A), pelo renomado e catalogado artista Francisco Rebolo Gonsales. Emoldurada e protegida por vidro e em bom estado de conservação.
MEDIDAS: com moldura, mede 60 x 51 cm, somente a obra 46 x 37 cm
O ARTISTA
Francisco Rebolo Gonsales (São Paulo, São Paulo, 1902 - São Paulo, São Paulo, 1980). Pintor e gravador. Inicia seus estudos em artes na Escola Profissional Masculina do Brás, onde tem aula de desenho com o professor Giuseppe Barquita, entre 1915 e 1917. Aos 14 anos, trabalha como aprendiz de decorador de paredes. Paralelamente à sua atividade como decorador, atua como jogador de futebol, passando pela Associação Atlética São Bento, de 1917 a 1922, pelo Sport Club Corinthians Paulista, de 1922 a 1927, e pelo Clube Atlético Ypiranga, de 1927 a 1934. Em 1926, monta ateliê de decoração na Rua São Bento. A partir 1933, transfere seu ateliê para uma sala no Palacete Santa Helena, quando inicia-se na pintura. A partir de 1935, partilha seu ateliê com Mário Zanini (1907-1971). Posteriormente, outras salas do Palacete são transformadas em ateliês e ocupadas por vários pintores. Mais tarde, este grupo de artistas passa a ser denominado Grupo Santa Helena. Rebolo desenvolve uma obra pautada na figuração, mas, a partir da década de 1950, esboça algumas experiências no abstracionsimo e posteriormente no construtivismo. Em 1937, participa da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo e integra a Família Artística Paulista (FAP). Em 1945, trabalha com outros artistas para a criação do Clube dos Artistas e Amigos da Arte (Clubinho), do qual é diretor por várias vezes. Com prêmio de viagem ao exterior, obtido no 3º Salão Nacional de Arte Moderna, embarca para a Europa em 1955. Em 1956, faz curso de restauração no Vaticano, participando da recuperação de uma obra de Raphael (1483-1520). A partir de 1959, incentivado por Marcelo Grassmann (1925-2013), inicia uma série de experiências como gravador.
Filho de imigrantes espanhóis de origem humilde, Francisco Rebolo entra em contato com a pintura no ofício de pintor-decorador. Crescendo no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo, cedo precisa trabalhar. Em 1915, emprega-se como aprendiz de decorador de paredes. Entre 1915 e 1917, freqüenta o curso de iniciação ao desenho na Escola Profissional Masculina do Brás. Ajuda na decoração das Igrejas de Santa Cecília e Santa Efigênia, onde faz pintura mural imitando couro e mármore. A partir de 1917, passa a trabalhar independentemente como pintor de residência, realizando frisos decorativos de diversos estilos. Em 1926, monta escritório na rua São Bento. Entre 1917 e 1934, Rebolo desenvolve relativa carreira de sucesso no futebol paulistano, jogando no Sport Club Corinthians (é responsável pela elaboração definitiva do emblema do clube na década de 1930).
A partir dos anos 1930 a pintura de cavalete começa a ter crescente importância na vida de Rebolo. Em 1935 convida o pintor Mario Zanini, com quem tem aulas informais de desenho desde 1933, a partilhar com ele uma sala-ateliê no Edifício Santa Helena, na Sé, no qual se instala em 1933. Outros artistas como, Fulvio Pennacchi (1905-1992), Bonadei (1906-1974), Humberto Rosa (1908-1948), Clóvis Graciano (1907-1988), Alfredo Volpi (1896-1988), Rizzotti (1909-1972) e Manoel Martins (1911-1979) juntam-se a eles para dividir o aluguel das salas e as sessões de modelo vivo (no ateliê e na Escola de Belas Artes), trocar conhecimentos técnicos e históricos sobre pintura e organizar excursões às regiões periféricas da cidade nos fins de semana para praticar a pintura de paisagem ao ar livre. Dessa forma, surge o que veio a ser conhecido como o Grupo Santa Helena, do qual Rebolo torna-se um dos expoentes.
A despeito das diferenças pessoais, unia-os a ênfase no domínio da técnica da pintura e uma posição estética intermediária entre o academismo e o primeiro modernismo dos anos 1920. Nesse sentido o Grupo Santa Helena é associado a algumas correntes italianas como o Novecento e o Valori Plastici, defensores da integração entre as conquistas impressionistas e pós-impressionistas - principalmente Paul Cézanne (1839-1906) - e a tradição da pintura italiana. Essas idéias eram divulgadas no Brasil por artistas italianos ou de formação italiana como Rossi Osir (1890-1959), Vittorio Gobbis (1894-1968) e Hugo Adami (1899-1999), mas também por revistas, livros e importantes exposições de arte estrangeira realizadas no período. No caso de Rebolo, esse salto em direção a um conhecimento mais consciente da história da arte deve-se muito ao contato com o crítico e intelectual Sérgio Milliet (1898-1966), com quem troca quadros por livros e do qual se torna amigo íntimo.
Mais conhecido como pintor de paisagens, Rebolo também se dedica à pintura de naturezas-mortas, de retratos e auto-retratos, de cenas urbanas e suburbanas. Sua produção pictórica se desenvolve sem saltos e permanece unitária em vários aspectos, por exemplo, no uso da paleta rebaixada rica em matizes. Nesse sentido, Milliet o define em 1941 como "mestre do meio-tom". No decorrer dos anos 1940, as manchas de cor mais ou menos difusas que servem a representação de seus temas no início de sua carreira cedem lugar a massas coloridas e bem definidas, e os quadros passam a se estruturar mais fortemente como campos distintos de cor. Desde o início, chamam a atenção a empatia e o olhar lírico e sem dramas de Rebolo ao focalizar as paisagens dos arrabaldes e as cenas urbanas.
É com um quadro de influências construtivas, estruturado em planos geométricos e pintado em preto-e-branco, Casas da Praia Grande ou Casario (1954), que Rebolo curiosamente recebe o prêmio de viagem ao exterior no 3º Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1954. Passa dois anos na Europa com a família, percorrendo países como Espanha, Alemanha, França, Bélgica, Holanda e Itália, onde estabelece residência. Da fase européia, surgem trabalhos de grande rigor geométrico na estruturação formal e sob a influência de tons típicos da arquitetura italiana como os tons de ocre e terra e o vermelho pompeano de obras como Ravena (1956), Roma (1956), Veneza (1958) e Suzy (1959), pintado no Brasil. Após uma crise momentânea, Rebolo começa a dedicar-se à gravura, nos anos 1960, com orientação do amigo Marcelo Grassmann. Busca experimentar novos materiais e nos anos 70 faz uso da tinta acrílica, tornando suas pinturas mais estilizadas e chapadas. Até o fim da vida nunca abandona a figuração e, principalmente, a pintura de paisagem.
Fonte:
FRANCISCO Rebolo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em:
ISBN: 978-85-7979-060-7
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