Lívio Abramo - 3 Desenhos a Lápis - Rio de Janeiro, Guanabara e Ilha do Governador, Assinados e Datados 1949

Código: 3JJ3EZPMH
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O Produto

Três desenhos a lápis, sobre mesma folha de papel, do renomado artista brasileiro Lívio Abramo titulados Guanabara, Rio Visto da Bahia e da Ilha do Governador. Assinados e datados março de 1949.

Medidas: folha dos desenhos 27 x 18; com passepartout 33 x 25

O Artista

Lívio Abramo (Araraquara, São Paulo, 1903 - Assunção, Paraguai 1992). Gravador, ilustrador, desenhista. Muda-se para São Paulo, onde, em 1909, estuda desenho com Enrico Vio (1874-1960) no Colégio Dante Alighieri.

No início dos anos de 1920, faz ilustrações para pequenos jornais e entra em contato com a obra de Oswaldo Goeldi (1895-1961) e de gravadores expressionistas alemães. Realiza as primeiras gravuras em 1926. No começo dos anos de 1930, influencia-se pela fase antropofágica de Tarsila do Amaral (1886-1973).

Durante o governo Getúlio Vargas, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), do qual é expulso em 1932. É preso por motivos políticos por duas vezes. Ainda nessa época deixa de gravar para dedicar-se ao sindicalismo. Retornando à gravura em 1935, incorpora a temática social em seu trabalho.

Em 1947, ilustra o livro Pelo Sertão, do escritor Afonso Arinos de Mello Franco, publicado em 1949 pela Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil. Com essa série de ilustrações, apresentadas no Salão Nacional de Belas Artes (SNBA), obtém o prêmio de viagem ao exterior.

Segue para a Europa em 1951. Em Paris freqüenta o Atelier 17 aperfeiçoando-se em gravura em metal com Stanley William Hayter (1901-1988). De volta ao Brasil, em 1953, é premiado como o melhor gravador nacional na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Dá aulas de xilogravura na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).

Foram seus alunos, entre outros, Maria Bonomi (1935) e Antonio Henrique Amaral (1935-2015). Funda o Estúdio Gravura, em 1960, com Maria Bonomi.

Em 1962, é convidado pelo Itamaraty a integrar a Missão Cultural Brasil-Paraguai, posteriormente Centro de Estudos Brasileiros. Muda-se para o Paraguai e dirige até 1992, o Setor de Artes Plásticas e Visuais. É fundador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraguai.

Análise

Lívio Abramo começa a estudar desenho com Enrico Vio (1874-1960) em 1909. Com incentivo do professor segue a carreira artística, fazendo para pequenos jornais suas primeiras ilustrações, na década de 1920.

Autodidata em gravura realiza, em 1926, suas obras, trabalhando, de forma rudimentar, com lâminas quebradas em pedaços de madeira e adquire pouco depois suas primeiras goivas. Em 1928 e 1929, faz gravuras em linóleo para o jornal Lo Spaghetto, em que retrata a vida operária em formas bastante simplificadas, ao estilo cubista.

No fim da década, entra em contato com as gravuras de Oswaldo Goeldi e visita mostras de expressionistas alemães, que o afetam pela força e expressividade de sua arte, cheia de cor e de sentimento, manifestando o desejo de transformação que o artista procurava definir em seu trabalho.

No início dos anos 1930, a obra de Lívio Abramo é bastante influenciada pelo movimento da antropofagia, apresentando formas largas e arrendondadas ao estilo de Tarsila do Amaral, com elementos paisagísticos estilizados e deformação dos personagens. No período varguista, ingressa na política e filia-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), do qual é expulso em 1932, acusado de ser trotskista.

Entra para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) no ano seguinte, torna-se amigo do crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981). Em 1931, começa a trabalhar no Diário da Noite como desenhista, mas suas charges, como Inundação no Canindé, ca.1932, são consideradas demasiado críticas, é então designado para o cargo de titulista da seção internacional, no qual permanece até 1962.

Em paralelo, dedica-se ao sindicalismo. Em meados da década de 1930, incorpora a temática social a seus trabalhos, resultado também do engajamento político. Tanto nas obras da fase operária como nas que tiveram como tema as guerras, segue a linguagem expressionista, marcada pela dramaticidade e monumentalidade das cenas.

Impressionado com a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), realiza a série Espanha, 1938, com gravuras contundentes que revelam sua oposição ao conflito.

Na década de 1940, conhece o alemão Adolphe Köhler, professor de gravura, que o auxilia a dar refinamento técnico ao trabalho, tanto no tratamento da madeira utilizada nas pranchas quanto no uso de buris mais sofisticados, raiados, que em um só golpe cortam a madeira em diversos cortes paralelos, produzindo matizes diferenciados e variados.

Em 1947, ilustra o livro Pelo Sertão, de Afonso Arinos de Mello Franco, publicado pela Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil, com xilogravuras em papel-arroz. Por este trabalho, viaja para a região de caatinga de Minas Gerais e Bahia e lê Mário de Andrade (1893-1945) e Euclides da Cunha (1866-1909).

Afasta-se da estética expressionista e procura nova solução formal, mais despojada e sintética. O uso da madeira de topo permite mais delicadeza nos cortes, que, aliado a novos instrumentos, serve para expressar melhor seu conceito de luz, cor e forma da paisagem brasileira.

Nos anos seguintes, inicia os desenhos, guaches e aquarelas da série Macumba, nos quais se nota o interesse em captar o ritmo e a dança. Realiza posteriormente xilogravuras sobre esse tema, que alcançaram mais intensidade, com a ampliação da sensualidade das linhas na alternância das áreas de luz e de densa sombra.

Viaja para a Europa em 1951, com o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes. Freqüenta o ateliê de Stanley William Hayter e se aperfeiçoa em gravura em metal.

Regressando da Europa, realiza as séries de gravuras Rio, ca.1953, Festa, ca.1954  e Mandala,  ca.1955, de tendência abstratizante, nas quais cristaliza melhor sua linguagem gráfica, valorizada pela diversidade de tons e de texturas que articulam figuras e planos. Com a série Rio é premiado como o melhor gravador nacional na 2ª Bienal Internacional de São Paulo.

Dá aulas de xilogravura na Escola de Artesanato do MAM/SP, e, em 1960,  funda com Maria Bonomi o Estúdio Gravura. Em 1962, radica-se no Paraguai e trabalha na Missão Cultural Brasil-Paraguai, posteriormente Centro de Estudos Brasileiros.

Nas gravuras da fase paraguaia, recria a paisagem do país, trabalhando com pontilhados e linhas que se aproximam da renda local, nhanduti, muito delicada. Intensifica-se a simplificação da forma, predominam os elementos horizontais e verticais, que dão um ritmo intenso, lírico e por vezes dramático a composições quase abstratas, em que o artista não perde o referencial visual, buscando traduzir a geometria das fachadas das casas e dos povoados.

A produção de Lívio Abramo situa-se entre a figuração e a abstração. Seu engajamento ao programa modernista gradualmente é alterado pela abertura às vertentes não figurativas que começam a chegar ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O artista consegue conciliar, de maneira peculiar, esses dois conceitos opostos e, com refinamento técnico, apresenta em seu trabalho soluções formais de grande interesse estético.

Fonte: LÍVIO Abramo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9132/livio-abramo. Acesso em: 12 de fevereiro de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7


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